Pages

17 de dezembro de 2011

Veneno!



Como laboriosa rosa,
te ofereces entreaberta,
entre encoberta, em poucos tecidos.
Nuances de perfume inebriante,
o frenesi a provocar libido.
Marcas de arranhões,
palavrões sussurrados
condenando-me a submissão
na visão do paraíso, açoitando-me
entre teus montes, fontes de
penetração e prazer.
Meu ser quer teu ser
e pertencer a teus momentos,
degustar tua lingerie, de tom exaltado,
gosto adocicado, a condenar-me pelo pecado
do desejo de nela levitar.
O veneno que escorre de tuas entranhas,
façanhas de tortura, aquarelas em sedativos,
loucura do absolutismo;
é veneno que não mata,
apenas entontece e leva a loucura.
Na pele de seda, muita safadeza,
em mim, a gentileza
de te fazer mulher! Feliz!
Edna Fialho

5 comentários: