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27 de agosto de 2012


 CONVITE - FEIRA LITERÁRIA DE PORTO ALEGRE




           Ilustração de capa, belíssima, autores memoráveis, muitos talentos, numa coletânea muito bem cuidada e vinda para mais um marco na literatura brasileira. Os abraços alargados do grupo, tem proporcionado momentos grandiosos e muito gratificantes. Parabéns "POEMAS À FLOR DA PELE", por mais esse sucesso!

21 de junho de 2012

Ventar...
Eu te amei muitos mundos, muitas velas
ao ventar dos ventos tórridos
do meu pequeno barco no grande mar.
Eu esperei muitos dilúvios passar,
me acorrentei em rochas
que com o forte vento me fizeram rodopiar,
mas... venci esse amor que como qualquer outro...
só precisa de espaço para V-E-N-T-A-R!
Edna Fial
ho

18 de dezembro de 2011


 Candeeiro

Não se pode impedir um corpo flamejante
que só quer se expor, promover frenesi
ao se desnudar por inteiro, ou em partes,
aguçando o imaginário de quem observa,
suas explosões incendiárias, numa ritualística
que queima olhos meninos;- de fascínio!

Na loucura da boca sedenta do beijo
segregando demências;- no toque que promove
o suor dançante que escorre e incorre excitação,
não se pode calar a fúria lasciva do grito
que só quer gritar um corpo envolto em...”desejo”.

Não se pode embrulhar para presente
um corpo conciso em si a evidenciar-se "oferta"
à estrada de pecados, exaltado em luxúrias,
e, execuções de gozos em liquidações de prazeres,
a se mostrar de saltos altos, no palco,
entre pernas ornadas por rendas e fitilhos.

Sedosas meias, encobrindo, parcialmente...
as coxas que inflamam quando declamam seus ofícios,
engendrando movimentos persuasivos,
voluptuosos, embebidos no afrodisíaco néctar
de exuberante corpo a compor o paraíso perdido.

Não se pode impedir um corpo exaltado
de exibir delícias, lambuzado de malícias,
nas mágica nuances do remelexo dos quadris
a oferecer-se à capciosos olhares,
à cobiça das mãos que querem tocar, rasgar...prazer!

Não se pode deixar de experimentar
a perversão gostosa, libertando
e algemando vontades que escravizam,
atiçam movimentos desordeiros
escritos em pergaminho pagão
decretando a maior sentença
desse corpo pecaminoso... " a sedução"!
Edna Fialho


17 de dezembro de 2011

Veneno!



Como laboriosa rosa,
te ofereces entreaberta,
entre encoberta, em poucos tecidos.
Nuances de perfume inebriante,
o frenesi a provocar libido.
Marcas de arranhões,
palavrões sussurrados
condenando-me a submissão
na visão do paraíso, açoitando-me
entre teus montes, fontes de
penetração e prazer.
Meu ser quer teu ser
e pertencer a teus momentos,
degustar tua lingerie, de tom exaltado,
gosto adocicado, a condenar-me pelo pecado
do desejo de nela levitar.
O veneno que escorre de tuas entranhas,
façanhas de tortura, aquarelas em sedativos,
loucura do absolutismo;
é veneno que não mata,
apenas entontece e leva a loucura.
Na pele de seda, muita safadeza,
em mim, a gentileza
de te fazer mulher! Feliz!
Edna Fialho

16 de dezembro de 2011

Carmim

 



















Lábios de total invencibilidade,
convite à açoites em noites de lua
quando nua, me levas a seus braços,
convite de dança em pagã extremura.

São laços permissivos e apego
o elo a tecer mornos acordes de frenesi
em dança quente, que invade a alma,
expõe, estremece e acalma o mundo em si.

Minha vontade de você é imensa,
me desordena, me aturdia,
e o coração pulsa em arritmia
ao beber do desejo exposto
o gosto da molhada magia.



Em jornadas de vários anoiteceres,
elevas as pernas, minha loucura...

- loucura minha; - assim 
acoplado em pequena e tão grandiosa orquídea 
gritas, afaga-me os cabelos em rebeldia.

O melhor dos melhores presentes me das
com sua boca de acentuado carmim
ao engolires meu afago e matares sua sede
acoplando orgias, furores em festins.
Edna Fialho

10 de novembro de 2010

Sobrevivi!



"Atravessei um deserto,
sobrevivi a um dilúvio!
Sacrificaram-me numa masmorra, 
confundiram-me e... 
quase destroçaram minha alma!
Deram-me beijos de Judas!
Anteciparam minha morte
quando me impugnaram
um pecado que não cometi.
Não acreditaram em minhas intuições!
Difamaram meus momentos
e, por fim, me ofereceram
ao submundo de heresia
tentando me alentar
com palavras para me alucinar!
O que fiz?
Me amei mais! Orei mais!
Acreditei mais em mim!
Me doei mais! Me pertenci mais!
Quando me vi... estava num oásis
onde Deus eu escolhi!
E livre como uma águia, - eu voei"!
Edna Fialho
Paixão






















Eu me apaixonei pelos teus erros,
por tuas verdades, pelos teus deslizes
e tuas intenções; descobrindo no teu sorriso
e nos versejos da tua voz, 
a alegria exposta do teu olhar fujão.
Revivi cada cena do tema
do verbo "TE AMAR"!
Me imbui do desejo do toque,
retoque ousado, emoldado
na amostragem do teu delirar.
Eu te amei desde sempre,
muito antes do tudo,
muito além do depois
e me dediquei a essa doce surpresa
de amar uma estrela, 
um cristal lapidado,
uma flor de rosto-anjo,
um delinear do infinito, 
um por de sol enuviado...
Eu amei o que és, sem presente,
futuro ou passado e ainda hoje,
eu te tenho em mim guardado,
numa gaveta com forro de sonhos
e cadeado de ilusões.
Edna Fialho