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8 de outubro de 2010

RETICÊNCIAS...

 
   Reticências..
O acaso de um caso de amor não vingou.
Enfronha-se na fronha de estampa acordada e viçosa,
 de um travesseiro macio em plumas de nuvens, perfumes,
de sonhos velados no passado amassados... Rebordosa!

Acontece ser o tecer da teia, fio de seda brilhosa, porosa,
que em cadeia faz seletas, porém suaves alternâncias,
embebido no sabor do mel
de uma madura mulher feiticeira,
segura, envolvente, sensualmente bela em reticências...

Na penhora de dias lúgrumes
esse amor transborda,
na borda da taça o batom
que remarca a champanhe
em lua minguante no traço da taça,
embebida, molhada, e embaça
escarlate o fel do mel em nuances...
Entre nuances.

Simbolismo platônico, pungente,
acordado e adormecido,
do tempo, que faminto engole cólera,
sentimentos, demências.
De um mundo intrínseco invadido,
perfumado dos espinhos,
de rosas mornas, quase mortas,
venenosas, reticências...

Salobra é a água que rega
a regra sem exceção...
Do acaso de um caso
de amor comungado, excomungado,
carcomido... Maculado na epígrafe,
malogrado em devorados capítulos.
Conteúdo colado e estilhaçado
pra não ter conserto depois...
Reticências...
Edna Fialho em 08/10/2010






Um comentário:

  1. Maravilhoso... Você e sua sensibilidade, sem dizer que és linda. Mulher perfeita, conteudo fantástico. Se cuida moça.

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